21 de outubro de 2010

Palavras, amigas.

Eu queria estar naqueles dias. Aqueles dias em que se pode deitar e levantar as pernas para o ar. Queria pegar novamente uma caneta e o meu velho diário- confidente e escrever um texto, como aqueles de antigamente que eu conseguia fazer em dois, três minutos, enquanto ouvia música no último volume.
Há tantas coisas que no momento eu queria poder fazer..
Seria muito mais simples se os dias pudessem ter mais do que míseras 24 horas e proporcionasse o momento certo em que aquela velha história varia a minha cabeça e as palavras saíssem facilmente na ponta da caneta. Não sei até o momento o que aconteceu. A vontade de escrever não sumiu. As histórias malucas ainda estão aqui na minha cabeça, a vontade de querer trocar os diários com as minhas amigas, ainda estão aqui, me atazanando, me lembrando todos os dias que tenho de as por em dia. Mas as palavras não estão do mesmo jeito, nem as amigas.
As palavras entraram em greve e resolveram aparecer do jeito que elas bem entendem e esquecem que sou eu quem decide a ordem em que vão aparecer.
 As amigas cresceram, e cada uma delas, estão lutando para construir suas vidas, procurando a felicidade, assim como eu.
Ter mais tempo não ajudaria. As musicas ainda são as mesmas mas não fazem o mesmo efeito.
Três, dois, minutos são o tempo que eu levaria agora pra pensar sobre o que tentaria escrever, antes que uma crise de inspiração me agarrasse, junto com uma crise de saudades.
Talvez essa seja minha sina. Ter as palavras, mas nao saber combiná-las perfeitamente. Ter amigas, mas nao saber combiná-las perfeitamente.

Eu gosto muito..



de quando você me liga assim que acorda pela manhã.
Ônibus cheio, pessoas agitadas, tagarelando. E com um simples- porém perfeito ''bom dia'', não ouço mais vozes, barulhos de carros, buzinas, enfim, como se toda agitação lá do lado de fora do ônibus e dentro, estivesse desaparecido, nada mais existe ao meu redor, ao não ser, o ser do outro lado da linha. Voz calma, resmungando um ''eu te amo meu amor'', quase não saindo direito. Me pego viajando no seu tom, misturado com a brisa da manhã que olho pela janela; a mesma janela que a luz do sol está ultrapassando.
Gosto muito de seus olhos. Assim fecho os olhos e mergulho na lembrança que mais gosto. A lembrança de seu olhar. O que mais posso querer dessa vida? Hoje meu dia já foi ganho. Não só essa terça-feira, mas sim de todas as que estão por vir, as quais eu enxergo o nosso futuro. Enquanto deixava você falando sozinho no telefone, imaginei como estariam seus olhos. Apurei o foco, o mar em minha frente é todo o oceano dos deles sobre mim, aqueles que sempre me refletem algo bom. E novamente o foco volta a ser sua voz, reclamando e reclamando para eu te responder, enquanto você fala comigo. – Gostando muito de sua voz.
Gosto de seu sorriso. O sorriso que saiu logo após te dar atenção, viajando na sua voz e no seu olhar. Sorriso que provavelmente saiu do canto esquerdo da sua boca, quando você quer que eu te dê atenção, misturado com um suposto chorinho de neném manhoso, neném chorão.
Gosto muito de seu abraço. O abraço que me acolhe, que me protege do mundo inteiro, reforçando: MUNDO INTEIRO, sem exceções alguma. Ele se encaixa perfeitamente ao meu, como se ele fosse feito propriamente para mim; pra me proteger de todos os medos e me alegrar sempre que estiver detonada.
O calor de seu corpo me faz querer ficar por toda eternidade dentro de seus braços, e a cada segundo, eu me torno mais apaixonada por você. E faz com que pareça existir fogos de artifício ao invés de coração dentro de mim, porque nem as borboletas dentro dele seriam comparativos pra isso; fazendo com que eu sinta algo que eu nunca senti antes, com um simples toque, o toque da ponta de seus dedos deslizando sobre meu rosto, que vai até o meu lábio inferior, me beijando levemente, com a outra mão em minha cintura. –Gostando muito de seus toques, ainda mais de seus beijos, e muito mais ainda de você.

é..


eu gosto de você!